Bela e Santa Catarina

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XANXERÊ, SUA HISTÓRIA

O bandeirante Jerônimo Pedroso de Barros, em 1641, segundo documentos jesuítas, foi o primeiro branco civilizado a pisar em terras de mata virgem do Oeste Catarinense a procura de índios para escravizar.
Por volta de 1839, um grupo de fazendeiros brasileiros vindos de Guarapuava e Palmeira, então província de São Pedro, resolveram explorar os sertões do sul, motivados pelas notícias de grandes extensões de terras. Na expedição fez parte um jovem de Minas Gerais, chamado José Raimundo Fortes, que mais tarde obteve a concessão de uma grande área de terras chamada Campina do Gregório, onde se localiza hoje o centro de Chapecó. O jovem tornou-se um dos primeiros moradores do Oeste de Santa Catarina e formou família com Ana Maria de Jesus.
Pelo decreto nº 2.502 de 16 de novembro de 1859, foram criadas duas Colônias Militares, a de Chapecó e Chopin. Porém, a instalação destas colônias só ocorreu bem mais tarde porque o governo da Argentina reclamou contra a criação das colônias militares, alegando que as terras estavam em litígio, seguindo-se daí uma série de explicações e trocas de notas diplomáticas.
Algum tempo depois foi nomeado o primeiro diretor da Colônia Militar de Xanxerê por um período de 17 anos, o Capitão José Bernardino Bormann com a tarefa de executar a fundação da Colônia Militar de Chapecó (Xanxerê) em 1880 e sua instalação em 14 de março de 1882. José Bernardino Bormann faleceu no Rio de Janeiro, no posto de Marechal.
Após este período a Colônia Militar decaiu, e no ano de 1890, a de Xanxerê passou a pertencer a Palmas (PR) cujo local onde estava inserida recebeu a denominação de Distrito de Generozópolis. Sem outra possibilidade de solução, Santa Catarina por seu representante, propôs contra o Paraná uma ação perante o Supremo Tribunal Federal, e obteve sentença favorável. Na eminência de execução de sentença, surgiram ameaças de resistência pela força.
Em 1916, houve a intervenção amistosa do Presidente da República Wenceslau Braz, que perante os governadores, General Felipe Schimidt, de Santa Catarina e o Coronel Carlos Cavalcanti, do Paraná, resolvendo a questão de limites por acordo entre Santa Catarina e Paraná.
Pela Lei Estadual nº 1147 de 24 de agosto de 1917, Santa Catarina é dividida em novos municípios, entre os quais, Chapecó.
Em 31 de dezembro de 1917, por ato do governo catarinense o município de Chapecó ficou dividido em cinco (5) distritos, entre os quais, Xanxerê. Pela Resolução nº 05/1917 do Superintendente de Chapecó, Manoel dos Santos Marinho, foi nomeado José Júlio Farrapo para Intendente do Distrito de Xanxerê.
Em 5 (cinco) de novembro de 1919, pela Lei nº 1.260, o governo Hercílio Luz, determinou que a sede do município de Chapecó fosse transferida para Xanxerê. Em cinco de dezembro de 1923 a sede municipal passou para Passo Bormann. Em virtude de tal mudança Xanxerê passou a chamar-se Rui Barbosa, pertencente à Comarca de Chapecó, até fins de dezembro de 1929.
Com a revolução de 03 de outubro de 1930, foi investido na função de governador do Estado o General Ptolomeu de Assis Brasil e, pelo mesmo, foi designado para Prefeito de Chapecó o cidadão Nicácio Portela Diniz, o qual determinou a restauração da sede do município em Passo Bormann (antiga Campina do Gregório, de propriedade de José Raimundo Fortes) e a sede de comarca continuando ser em Xanxerê.
Os habitantes de Xanxerê iniciaram um longo processo de emancipação. A vila cresce, principalmente pelo extrativismo das madeireiras, com pinheiros, araucária, existentes em Xanxerê e região.
Em 30.12.1953, pela Lei 133, foi criado o município de Xanxerê, desmembrado de Chapecó. Sua instalação oficial deu-se em 27 de fevereiro de 1954, quando um grupo de pessoas compareceu ao Ato, na hoje Rua Victor Konder, em uma simples casa de madeira, assumindo o cargo de Prefeito provisório o professor Teodósio Maurício Wanderley, Inspetor Geral de Ensino do Estado, por designação do então governador Irineu Bornhausen.
Em 15 de novembro de 1956 foi instalada a Câmara Municipal de Vereadores e em 05 de junho de 1956 foi instalada a Comarca de Xanxerê.
A área que atualmente compreende o município de Xanxerê, teve os seguintes nomes:
Distrito de Generozópolis; 2. Vila de Xanxerê; 3. Distrito de Rui Barbosa; 4. Vila de Xanxerê (outra vez); 5. Distrito de Xanxerê; 6. Município e Comarca de Xanxerê.
Xanxerê significa na língua indígena Kaigang "campina das cobras" ou "campina da cascavel" - na área a existência de muitas espécies de cobras com predominância da cobra cascavel.
Os índios Kaingang e Guaranis foram os primeiros habitantes do Oeste Catarinense, isto aproximadamente no ano de 1800. Depois vieram os portugueses, sírios, turcos, alemães, libaneses, poloneses, italianos e outros.
XANXERÊ POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
Bruno Linhares Bortoluzzi é o Prefeito Municipal e Leandro Júnior Vigo, o Vice-Prefeito, eleitos em 05 de outubro de 2008, diplomados para o mandato de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.
Para pesquisar prefeitos e vice-prefeitos, clique aqui

Fontes:
Site da cidade de Xanxerê - www.xanxere.sc.gov.br
Jornal Encarte "Xanxerê - 40 anos", 1993.
Textos variados sem identificação - Biblioteca Pública Municipal "Caldas Júnior"
Livro de Atas de Posse - Prefeitura Municipal de Xanxerê- Santa Catarina
Composição do texto: Coordenação de Patrimônio Histórico e Memória - Prefeitura Municipal
Postado por: Vânia T. Soligo; Valentin Luiz Lamonatto; Edy Alexandre Bortoluzzi

2 Responses to “XANXERÊ, SUA HISTÓRIA”

Cris disse...

Olá Colegas!
Muito boa e rica a participação de voces! Eu que não nasci aqui tive a oportunidade de entender melhor a história da nossa Cidade Xanxere. Imagina que essas terras poderiam pertencer ao Paraná até hoje! E as cobras? eheh até agora nao encontrei nenhuma! eheh brincadeira. Parabéns, sucesso para voces!
Abraço,
Cris

Anônimo disse...

"Por volta de 1839, um grupo de fazendeiros brasileiros vindos de Guarapuava e Palmeira, então província de São Pedro, resolveram explorar os sertões do sul,..."
A informação está errada, pois Guarapuava e Palmeira pertenciam à província de São Paulo.
Trocando o santo, OK.
SDS - Carlos Zatti - do IHGPR